Desde que me descobri "doente", ouço que, para qualquer doença autoimune, controlar as emoções é essencial.
Bem, como já disse por aqui, esse ano tem sido uma grande provação. Perdi minha amada avó, que me criou desde bebê, passei por crise conjugal, até que veio o diagnóstico. Com a doença, veio uma enxurrada de decepções, com amigos e pessoas que eu amava muito. HOJE, eu digo amava. Porque não amo mais mesmo. Demorei a admitir isso, e só quando admiti, respirei e parei de sofrer. Graças a Deus, amigos do peito se mostraram, uns sempre estiveram aqui, e outros se aproximaram, o que mostra um carinho surreal.
Resolvi falar de amor, porque é ele que move tudo.
Se hoje eu convivo bem com a minha condição, é por amor.
Eu quero viver, quero cuidar da minha pequena, quero que ela tenha TUDO que por um motivo qualquer eu não tenha tido nessa vida.
É por amor que o momento ruim diário das injeções se tornou lindo. Meu marido aplica, minha pequena enfermeira escolhe um band-aid lindo e coloca na mamãe. Virou uma hora nossa, de um cuidar do outro. Me sinto lisonjeada. Me sinto amada e feliz. Talvez não seja a melhor circunstância, mas foi um jeito que Deus escolheu pra me mostrar que, apesar do mau caratismo e da falta de carinho de uns, eu recebo todo dia carinho e amor de sobra desses dois lindos que fazem eu ter a melhor família do mundo, das minhas amigas maravilhosas, das minhas clientes que viraram amigas. Como tenho sorte.
Essa semana vi um filme francês chamado "Amour". Concorreu ao Oscar, e não é tão desconhecido assim.
No filme, um casal de idosos vive sozinho. Ele cuida dela, incapacitada por derrames. Não vou contar o filme. Mas me vi assim. Sendo cuidada. Parece ruim, mas só é cuidado quem é amado.
Eu tenho planos. Quero que a Clara tenha irmãos. Sinto falta disso hoje, gostaria de ter. Vou fotografar até quando existir uma pessoa sequer querendo ter o meu olhar sobre um pedaço da sua vida. Vou ficar velhinha do lado do meu amor, lutando todo dia pra superar as dificuldades que um dia venham a surgir.
Amor é a cura. Pra TUDO. Pena de quem não ama.
Obrigada papai do céu, por cada dia, por cada sorriso, cada lágrima, cada um que saiu da minha vida, cada um que entrou.
PS: Fiz um mês de copaxone. 30 dias tomando injeção todo dia. E estou ótima.
Beijos e uma ótima semana.
Carol..
Quando descobrimos q o amor é o melhor remédio, ou melhor o único remédio que nos faz viver melhor todos os nossos momentos sejam eles quais forem, aí descobrimos o porquê de algumas coisas. E é por causa dessa descoberta que conseguimos aceitar mesmo sem entender alguns imprevistos em nossa vida.
ResponderExcluirBjs
Pois é tia! Quando a gente sente amor e recebe amor, vem uma força sem tamanho pra lutar cada luta que a vida coloca na sua frente. O primeiro amor é o amor próprio. Depois, o amor de Deus! Fica muito mais fácil viver! Um beijo tia! ❤
ExcluirPena de quem não ama. Mesmo!
ResponderExcluirPq amor de boca, amor de costume, amor de favor...nada disso de fato é amor.
E que tu sempre tenhas muito amor em tua caminhada, carol. Pra receber e pra dar. Xêro!
Eu to com outro perfil no blogger pq tive problemas com a outra conta do gmail. Sou eu mesmo! Kkk
ResponderExcluir